Vamos conhecer um pouco mais alguém que gosta do anonimato, mas que aceitou de imediato esta conversa de amigos ao qual desde já quero agradecer.
TP - O Três Paixões viu a luz do dia muito pelo teu incentivo, pois já tinhas alguma experiência e conhecimentos através do teu trabalho com o Dualidades. Como começou a tua aventura pela blogosfera junto do sócio JP?
NP - Quanto ao Três Paixões, lisonjeia-me muito que afirmes ter sido um dos grandes impulsionadores da sua criação. Recordo-me que ao descrever-te a minha nova experiência ao nível da blogosfera e o que de bom tinha encontrado, percebi de imediato que tinhas ficado entusiasmado, ao ponto de finalmente deitares cá para fora o teu gosto pela escrita e pelas tuas paixões. Da mesma forma que O Três Paixões, o Dualidades também começou por acaso, numa almoçarada, e através do incentivo de um casal amigo, ambos já bloggers na altura. Debatendo a ideia com o sócio JP nasceu a ideia de um projecto a duas mãos onde seria interessante destacar duas vivências diferentes, uma na capital e outra na província, de dois amigos com formas de ser e estar também diferentes. Quisemos transmitir duas experiências distintas de ver e viver o dia-a-dia e julgo que o temos conseguido. Considero interessante comparar diferentes posturas e actuações face a uma mesma realidade, influenciadas por vivências e contextos diferentes.
TP - Desde a fundação no dia 13 de Novembro de 2007, o Dualidade já regista cerca de 79 mil visitas, sendo sem dúvida um dos mais “clicados” da Blogosfera Elvense. Na tua opinião a que se deve este sucesso de visitas?
NP - Aos amigos! Felizmente ao Dualidades acorrem quase diariamente muitos amigos dos sócios duais, pessoas que já faziam parte das nossas vidas antes deste projecto ter sido iniciado e outras que nos descobriram através do blogue e com as quais criámos laços. São quase dois anos e meio de convivência diária e outros tantos posts abordando as mais diversas temáticas de forma despretensiosa, apenas na busca de uma salutar troca de ideias.
TP - A diversidade de opiniões pelas vivências de cada sócio, é a ideia central do blogue. Como se dão um sportinguista e um benfiquista, um que vive em Elvas e outro que está em Lisboa, sendo estas as principais Dualidades?
NP - O JP e eu somos amigos há mais de vinte anos e normalmente temos opiniões muito diferentes sobre a maioria dos assuntos. Arriscaria até dizer que quase nunca estamos de acordo sobre tema nenhum. No entanto isso não impede que seja um dos meus maiores amigos e que sempre nos tenhamos entendido bem através de um civilizado debate de ideias. A coisa só se complica quando falamos de futebol…Confesso que nesse campo a racionalidade do discurso nem sempre impera.
TP - As habituais rubricas como o “Oito e Oitenta” nas quartas-feiras, a “Sugestão Dual” nos sábados, ou “As escolhas do Dualidades” nos domingos, já contam com muitas edições. Se os sócios têm uma alternância diária na elaboração dos posts, como fazem para a realização das escolhas musicais de domingo, num duelo interessante para ver quem tem o melhor gosto musical?
NP - Devo confessar que a ideia da rubrica “Sugestão Dual” foi do sócio JP. O seu a seu dono. Sempre tivemos preferências musicais diferentes e resolvemos submetê-las à apreciação dos amigos que visitam o Dualidades para tentar perceber qual delas obtém mais apoios. Acho que a pouco e pouco o JP se está a convencer de que eu tenho muito melhor gosto musical que ele. Considero que esta é uma das rubricas mais bem sucedidas do nosso blogue. Cada um de nós define a sua preferência musical, sem que troquemos impressões sobre o assunto. O link é colado no post de cada domingo e só nesse dia temos conhecimento da escolha do outro sócio. Depois é só aguardar pelas opiniões dos votantes.
TP - Recentemente aconteceu a tragédia de terem perdido quase tudo através do link original do blogue. O que se passou?
NP - Foi um episódio fatídico no jovem percurso de vida do Dualidades que ainda hoje não está completamente ultrapassado. Apesar de não termos perdido o histórico dos posts publicados, perdemos o contacto com alguns dos visitantes que ainda hoje se devem perguntar “o que aconteceu a estes dois cromos?”. A perda do link prendeu-se com um desaire técnico do qual o sócio JP não gosta muito de falar… Vamos respeitar a vontade do rapaz.
TP - Falando mais do Nuno Pires como pessoa. Como te definirias?
NP - Nunca é muito fácil falar de nós próprios, preferimos sempre que sejam os que nos rodeiam a fazê-lo. No entanto, se tiver que me definir, posso dizer que sou um típico nativo de Balança, como tu, amigo do seu amigo, frontal, extrovertido e que procura sempre que haja justiça nas suas atitudes, apesar de nem sempre o conseguir.
TP - Sendo elvense de gema, o que pensas do estado actual da nossa cidade?
NP - Como referiste na tua introdução, sou 100% elvense e dificilmente me veria longe da nossa Elvas natal. Preocupa-me a realidade económica da nossa cidade, a falta de oportunidades de trabalho para os mais jovens que, concluída a sua vida escolar, se fixam nos grandes centros e não regressam. Preocupa-me o facto de tu, tal como eu e outras tantas dezenas, termos que diariamente rumar ao concelho vizinho de Campo Maior para trabalhar. Estamos a pagar a factura das assimetrias que ao longo dos tempos foram sendo acentuadas pelos sucessivos governos de Lisboa com o encerramento de muitas valências que tornaram Elvas menos viva.
Não perca amanhã a segunda parte da conversa com Nuno Pires.
Scottish
3 comentários:
Amizade: És GRANDE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ai, Campo Maior é muito longe para ir trabalhar...
Se fosse para ires aos copos já era perto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Mas mesmo, mesmo grande. Nem eu diria melhor. Pena seres lagarto.
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