sexta-feira, 7 de maio de 2010
Paris sede da elite europeia do basquetebol
O dia D do basquetebol europeu chegou. Hoje em Paris arranca a Final Four da Euroliga masculina com duas meias-finais no mínimo escaldantes.
Tudo começa com aquela que é considerada a final antecipada, entre Regal Barcelona e CSKA de Moscovo. A equipa “blaugrana” é justamente considerada a favorita para a conquista da competição. Tem mostrado um poderio enorme, num colectivo de grandes individualidades mas que sabem jogar como uma equipa praticamente imbatível. Defensivamente são uma barreira quase intransponível e no ataque contam com grandes atiradores, casos de Navarro, Basile, Lakovic ou o jovem Ricky Rubio, que com 20 anos foi considerado o melhor jogador jovem da Euroliga.
Perto do cesto a presença de jogadores como Boniface N’Dong, Fran Vazquez ou Erazem Lorbek impõem respeito, elevada técnica invididual e capacidade física. A isto se lhe juntamos a polivalência de Pete Mikael ou Morris, ou a intensidade de Sada ou Grimau, temos a equipa perfeita para ganhar títulos sob o comando de Xavi Pascual.
O Barcelona conta com 11 presenças em F4 da Euroliga mas apenas por uma vez a venceu. Foi em 2003 e o único sobrevivente dessa conquista é precisamente Juan Carlos Navarro, o líder actual em pontuação da sua equipa com uma média de 13,9/jogo.
Pela frente vai ter um osso duro de roer. O CSKA, orientado por Pashutin, conta com jogadores muito experientes, habituados a disputar as F4 e que já venceram o troféu. O americano naturalizado russo John Holden gosta muito de derrotar equipas espanholas, tendo mesmo vencido o europeu pela Rússia frente à armada espanhola com um cesto no fim. O próprio Barcelona já sentiu o que é ser eliminado pelas mãos deste grande jogador, que marca a oitava presença consecutiva na F4. Ramunas Siskauskas é um extremo lituano que também no ano passado se tornou outro pesadelo para os “blaugrana”. Letal desde a linha de 3 pontos, e exímio no jogo de poste baixo, Siskauskas despachou o Barcelona no ano passado com 29 pontos marcados.
O técnico Pashutin foi o adjunto de Ettore Messina no CSKA, e muito terá aprendido do técnico italiano, agora no Real Madrid. A sua equipa não é de correr muito e tudo farão para evitar que o Barcelona o faça, pois são muito bons no contra-ataque.
Esta é a principal meia-final, mas a segunda também não é de pôr de lado. Partizan de Belgrado e Olympiakos de Atenas lutarão para chegar à final. Nenhum é considerado favorito à vitória final e isso pode ser uma arma a favor para o vencedor deste jogo. Não tendo o peso da responsabilidade podem desinibir-se e conseguirem surpreender.
O Partizan de Belgrado é para muitos o menos favorito para vencer a F4. É sem dúvida a melhor escola europeia da actualidade, pois todos os anos saem jogadores de qualidade da equipa, mas conseguem ser sempre competitivos com jogadores jovens mas com um futuro enorme. Já há mais uma estrela na calha, o extremo-poste checo de 20 anos e 2,10m Jan Vesely. Já o consideram o novo Toni Kukoc e essa é uma comparação “pesada” pela enorme qualidade do antigo internacional croata.
Acabaram de vencer a Liga Adriática no último segundo, com um triplo de meio-campo do extremo Kecman, mas os destaques vão para Alecsander Maric e o americano Lester McCalebb. No plantel têm quatro jogadores com mais de 2,10m, e um com 2,29m, sendo sem dúvida a equipa mais alta da F4, o que pode complicar a mais valia dos gregos. O Partizan também tem uma entusiasta legião de adeptos, que irão apoiar incondicionalmente a equipa. No banco a dirigir a orquestra sérvia está um técnico super credenciado, como é Dusko Vujosevic, que todos os anos tem de reconstruir a equipa, mas sempre com bons resultados.
Os gregos têm uma equipa que vale milhões e tudo farão para conquistar o ceptro europeu. No banco contam com o técnico Pannagiotis Giannakis, que já venceu uma F4 como jogador do rival Panathinaikos, e que apesar dos graves problemas económicos que vivem os gregos actualmente, vai tentar brindar os seus adeptos com uma vitória. Dispões de jogadores muito bons e caros como são os americanos Josh Childress e Linas Kleiza, este o melhor marcador da Euroliga. Na posição de base está um jogador sensacional como é Milos Teodosic, bem ajudado pelo grego Papaloukas, e na zona os kilos de Schortsanitis podem ser determinantes. Se a isto lhe juntarmos os fanáticos adeptos gregos que tudo farão para ver a sua equipa vencer, temos uma combinação no mínimo complicada de bater.
Prognósticos só no fim, mas vamos viver dois dias apaixonantes (6ª e domingo), com jogos recheados de bom basquetebol, e equipas que tudo farão para vencer o mais desejado troféu europeu.
Este Humilde Observador irá contar-vos o que se vai passar no enorme pavilhão de Paris-Bercy durante este fim-de-semana. Que vença o melhor!
Scottish
Uma Paixão, uma opinião pessoal
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