Continuando a recordar grandes nomes que fizeram do "showtime" algo único, hoje o post é dedicado a um jogador fundamental na década de 80 dos Lakers.
Michael Jerome Cooper era a defesa no seu estado puro. Magro (77 kgs com 1,96m) mas ao mesmo tempo tinha uns ossos muito duros. Era uma verdadeira dor de cabeça para os melhores atacantes adversários. O mítico Larry Bird considera "Coop" o melhor defesa que jamais enfrentou, e com razão.
O camisola #21 dos Lakers surgia de onde nunca se esperava para "abafar", ajudando sempre os seus companheiros na dura tarefa de defender, e ajudava a desenvolver a mais bela arma no ataque de sempre, o contra-ataque dos Lakers da década de 80. Ele afundava com contundência e à medida que os anos passavam melhorou consideravelmente o seu lançamento de 3 pontos. Por esse motivo terminou a sua carreira profissional com umas médias interessantes para quem tinha sido seleccionado no draft de 78 na 60ª posição (3ª ronda). 8,9 pontos por jogo com 4,2 assistências, 3,2 ressaltos, 1,2 roubos de bola e 0,6 "abafos", são números interessantes para quem jogava de 6º homem. Foi sempre o primeiro a saltar do banco, era ele o escolhido para alterar o ritmo do jogo, colocando intensidade defensiva como ninguém.
Não surpreende que tenha sido eleito Melhor Defensor do Ano 1987, ao qual juntou o quarto dos cinco anéis de campeão que Michael Cooper conquistou (80, 82, 85, 87 e 88). Fez toda a sua carreira profissional como jogador NBA nos Lakers, fechando a sua aventura em 90/91 no Pallacanestro Virtus Roma, numa altura em que os italianos pagavam muito dinheiro por estrelas da NBA.
Do campo passou para o banco. Durante três épocas foi Special Assistant de Jerry West nos Lakers, passando verdadeiramente para o treino em 94 como adjunto de Del Harris. Em 99 rumou para a equipa feminina de LA, as Sparks, e em 2000 foi escolhido para técnico principal, conduzindo a equipa à maior evolução registada num ano, sendo mesmo nomeado Coach of the Year (Treinador do Ano). No ano seguinte aconteceu o esperado, vencer o campeonato, repetindo título em 2002. No ano seguinte voltou a chegar à final, mas foi derrotado pelas Detroit Shock.
Em 2004 as Sacramento Monarchs da nossa Ticha Penicheiro eliminaram as LA Sparks na primeira ronda dos playoffs e Cooper aceitou o cargo de adjunto de Jeff Bzdelik nos Denver Nuggets. Após 24 jogos o técnico foi despedido e "Coop" passou a principal durante um mês, até que contrataram George Karl.
Em 2006 rumou à D-League para orientar os Albuquerque Thunderbirds durante duas épocas, regressando depois às LA Sparks.
Em Maio de 2009 aceitou o cargo de Head Coach da equipa feminina da University of Southern California, posto que mantém até hoje.
Foi um jogador especial, muito querido pelo público do Forum de Inglewood, que quando ele entrava entoavam o cantico de "Cooopp, Cooopp, Coopp", ou então quando finalizava um "alley-oop" o grito de "Coop-a-loop" era ensurdecedor.
Eu fui um dos privilegiados por ter visto Michael Cooper jogar, e hoje podem ver se não tenho razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário