quinta-feira, 8 de novembro de 2018

O futuro de Elvas a debate este fim-de-semana

Realiza-se amanhã pelas 21 horas na sala de conferências do Hotel D. Luís, a Assembleia Geral da Associação Empresarial de Elvas (AEE). Tendo em conta que na anterior AG do dia 6 de Abril nenhum associado marcou presença, e que a actual Direcção da AEE não se recandidata para novo mandato, é da maior importância para os empresários associados a reunião magna de amanhã. Entendo perfeitamente a posição da direcção presidida pela Sandra Pedras de não querer continuar, e aproveito a oportunidade para endereçar os meus parabéns pelo trabalho desenvolvido desde que tomaram posse. Que há muito por fazer? Sem dúvida, mas para isso os empresários devem fazer muito mais para que seja possível dar passos em frente.
São muitos os problemas com que os empresários em Elvas se debatem a diário, em especial os que têm os seus comércios no Centro Histórico da Cidade Património do Mundo. Ainda hoje numa conversa informal, um amigo revelou-me que no final do ano algumas casas poderão encerrar. Se o cenário já era complicado, provavelmente o 2019 arranque pior. Dirão alguns que isto não é novidade e que já se esperava que mais alguns comércios fechassem a porta. E ficamos impávidos e serenos à espera da ruína total? Muitos responderão que "não há nada a fazer", outros que "a cidade está morta", ou que "parece um monte". E pronto, como nada se faz, apenas aguardamos pela continuação da morte lenta com a qual identificamos "a cidade".
E o que tem a ver isto com a Assembleia Geral da AEE? Muito, pois os empresários têm uma grande quota de responsabilidade no panorama que diariamente assistimos. Não há forma de mudar o "chip". Muitos continuam a pensar que o comércio está como era há 20 anos atrás, e o mundo mudou radicalmente. A maioria continua a pensar por si, a falar mal do vizinho se for preciso, da Câmara que nada faz para trazer pessoas ao Centro Histórico, mas quando há eventos fecham a porta porque é fim de semana e "todos temos direito a descansar". Para quando se passa a pensar que só juntos é que podemos mudar o rumo dos acontecimentos? Só com estratégias em conjunto vamos conseguir que a hemorragia de fechos de casasse estanque. Daí a necessidade de marcarmos presença na Assembleia Geral, já que é nessas reuniões que os empresários devem debater todos os problemas e tratar de apresentar soluções. É difícil? É! Mas eu prefiro que seja difícil a ser impossível porque ficamos de braços cruzados à espera que aconteça um milagre. Eu vou marcar presença, e tu?

No dia seguinte, sábado dia 10, vai realizar-se no Centro de Negócios Transfronteiriço a 1ª Conferência "Eu quero Elvas a crescer", promovida pelo director do Linhas de Elvas João Alves e Almeida, e Paulo Lavadinho, da Booksfactory Editores. Das 14 às 18h30 serão nove os oradores convidados para apresentar em diversas áreas, como Elvas pode melhorar. Dou os meus parabéns à iniciativa, que vai ser anual, e espero sinceramente que conte com muita participação activa, para que entre todos os que cá estão e os que fazem parte da diáspora elvense, se consigam estratégias para alterar a letargia que assistimos a diário. Apenas um senão no que podemos ter no sábado. Excepção feita ao José Miguel Leonardo, presidente em Portugal da Randstad, sinto a falta de empresários para oradores. São necessários casos práticos para que as pessoas vejam que com estratégias provadas, é possível ver a luz ao fundo do túnel. Fica a dica para a próxima edição.

Scottish
Uma Paixão, uma opinião pessoal

P.S. - O post está escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico.