quinta-feira, 13 de maio de 2010

Aumento de impostos...

Hoje o post tem características nacionais, pois vamos falar das novas medidas de austeridade decretadas pelo Governo de Sócrates. Depois de nos dizer que Portugal tinha sido o campeão europeu em crescimento económico no primeiro trimestre do ano, depois ficámos a saber que vamos ter aumento de impostos.

Eram de esperar pois os 8,5% de défice pediam alterações importantes para reduzir uma taxa que estava a ser pressionada pela União Europeia. Espanha, outro dos membros em grande dificuldade, teve ontem a notícia de alterações que provavelmente irão dar muito que falar. O corte de 5% nos vencimentos aos funcionários públicos não caiu bem e já se prevêem greves e manifestações de repúdio. Menos complicada e totalmente aceite por todos, foi a redução em 15% dos vencimentos dos membros do Governo. Também eliminou o “cheque-bebé”, no valor de 2.500€ por cada nascimento a partir de 2011, que visava o aumento da natalidade.

Por cá o Governo do Engº José Sócrates decidiu aumentar as taxas de IVA em 1% (taxa reduzida passa de 5 para 6%, a intermédia de 12 para 13% e a normal de 20 para 21%), o IRS também vai sofrer um incremento da taxa em 1% para os vencimentos até 2.375€ (cinco salários mínimos nacionais), e de 1,5% para rendimentos superiores. Apenas os que auferem o salário mínimo nacional não irão ver alteradas a taxa de IRS.
Mas não serão apenas os trabalhadores a “ajudarem” na redução do défice, que se pretende seja de 7% no final de 2010, mas também as grandes empresas e os bancos irão contribuir, com a implementação de uma taxa extraordinária no IRC de 2,5%.

Outra medida que nos deixa satisfeitos é o corte salarial de 5% aos políticos, gestores de empresas públicas e líderes das entidades reguladoras, numa poupança calculada em 341 mil euros até ao final do ano. Ontem os media tinham-nos informado que o PSD aceitava o aumento dos impostos sempre que se cortassem os vencimentos dos governantes em 2,9%. Hoje sabemos que serão 5%, taxa que muitos considerarão curta para quem aufere muito, e pouco tem feito para evitar estas catástrofes financeiras que tanto prejudicam especialmente o Povo.

Estas medidas irão sofrer críticas de todos os lados. Os pequenos comerciantes e empresários dizem que assim o consumo irá ser menor. Se já era mau agora será pior, pois com os vencimentos reduzidos pelo aumento de IRS, irá diminuir a capacidade de consumo dos portugueses.

Também haverá cortes nas indemnizações compensatórias às empresas públicas em 150 milhões de euros, e as autarquias verão reduzidas as transferências em 100 milhões de euros (3,8%). No total o Governo pretende garantir um aumento da receita em 1000 milhões de euros, e a despesa reduzida em 1100 milhões de euros.

Até onde iremos ter de apertar o cinto…

Scottish
Uma Paixão, uma opinião pessoal

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