segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Faltam dois meses para o Natal

Estamos precisamente a dois meses do Natal. É tempo suficiente para que o comércio tradicional prepare convenientemente o suposto melhor período de vendas do ano. Alguns pensarão que ainda estamos longe, mas penso que é timing exacto para que se prepararem estratégias, de forma a convencer a população para fazer as suas compras natalícias no Centro Histórico.

Sou dos que pensa na necessidade dos comerciantes formarem as suas próprias estratégias, individuais e colectivamente, mas creio que a Associação Empresarial de Elvas poderá ter uma oportunidade importante até ao final do ano, para se afirmar como um parceiro válido na promoção e divulgação do comércio tradicional elvense.

A ideia de criar um Centro Comercial Aberto nas principais artérias comerciais da zona intra-muros. poderia ser um bom motor de arranque para o sucesso que todos desejamos. Não podemos negar que todos fazemos compras nos hiper-mercados ou em Badajoz, que nos esquecemos completamente de ir “à cidade”. Apesar de termos umas ruas muito bonitas na quadra natalícia, com iluminações que convidam a tirar boas fotografias, esquecemo-nos pura e simplesmente de ir às lojas.

Alguns dirão que falta estacionamento no Centro para justificar a sua ausência. Eu digo que não é bem assim, pois muitos pretendem parar o carro praticamente à porta das lojas, em vez de se gastarem uns cêntimos no parque subterrâneo. Em Badajoz ninguém se queixa, e vamos directamente ao parque de estacionamento, a pagar claro.
Se conseguirmos eliminar esta ideia tenho a certeza que as mentalidades poderão mudar, sempre que haja iniciativa por parte dos comerciantes em criar situações que nos chamem a atenção para entrarmos nas lojas.

A Câmara Municipal de Elvas poderá e deverá ser um elemento de colaboração com o comércio tradicional, mas nunca ser o elemento mais importante neste assunto no que respeita à sua solução. Essa responsabilidade é dos comerciantes, pois a autarquia de certo organizará eventos alusivos ao Natal que irão levar pessoas ao Centro Histórico, e aí devem as lojas aproveitar os momentos de maior afluência de potenciais clientes.

Comerciantes, AEE e CME reúnam-se, falem as vezes que forem necessárias, mas façam algo para dinamizar o nosso Centro Histórico. De não o fazerem e com a grave crise com que nos debatemos e que durará bastante tempo, poderemos continuar a assistir à morte lenta do comércio tradicional elvense.

Scottish
Uma paixão, uma opinião pessoal

3 comentários:

Notícias curiosas de Elvas disse...

Tudo muda, nada permanece imutável.

A Câmara Municipal forçou a mudança, com a supressão de estacionamento porque 1-DESABITUOU os elvenses de vir ao Centro e 2-DESABITOU o Centro.

1 - DESABITUOU ou seja, o Centro nada acrescenta às Zonas Comerciais do PAGAPOUCO e MODELO, então para quê vir ao Centro se é mais cómodo estacionar no MODELO?

2 - DESABITOU o Centro, e o Comércio deixa de contar com os residentes intra-muros porque simplesmente não existem!

Portanto os comerciantes se querem sobreviver que se mudem para fora, a Câmara condenou o Centro!

Anónimo disse...

No tempo em que a Câmara era governada pelo PSD e pelo CDS o Centro Histórico estava pelas ruas da amargura e os comerciantes tinham ódio à Câmara da altura.

As ruas estavam todas esburacadas e cheias de ratos que saiam os esgotos que tinham mais de um século.

Os passeios das ruas eram de de cimento todo partido. Lembram-se?!

Muitas ruas comerciais nem tinham passeios.

Os sacos de lixo amontoavam-se pelos cantos das ruas a cheirar mal.

Microclima? Nem sabiam o que era.

A iluminação de Natal eram um ferros tortos, como os das aldeias mais atrasadas, com umas lâmpadas fundidas. E só em três ruas.

Na rua de Alcamim, estreita e com muitas lojas, nem podiam andar os peões às compras, porque os carros ocupavam o espaço todo.

Lugares para estacionar, não havia porque achavam que um parque subterrâneo era impossível. Só em Lisboa!

As casas do Centro Histórico, particulares e edifícios públicos, estavam a cair de podes. A Câmara não mandava recuperar, não mandava pintar e nem sabia o que era o RECRIA.

A animação do Centro Histórico para o ano inteiro, era o Festival de Folclore, só com meia duzia de grupos estranjeiros, porque os portugueses nem tinham direito a meter os pés no palco.

Isto era o Centro Histórico de Elvas no tempo em que o PSD e o CDS mandavam na Câmara e faziam do João Carpinteiro gato-sapato.

A memória de certa gente manhosa, é muito curta.

A vossa dor de corno é que agora Elvas é uma cidade, porque vocês transformaram-na numa aldeia!

Afonso da Maia disse...

Vejam as fotos da iluminação de Natal de Elvas no meu blogue ELVAS CIDADE VIVA. Está espectacular.