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Anunciou aos convidados presentes o apoio a vários investimentos que se realizarão no consórcio italo-espanhol, que segundo o ministro "vêm promover a internacionalização dos produtos portugueses, algo que deve ser encarado como um contributo para o alargamento do mercado comercial português".
Devido ao sentido de internacionalização da Herdade Dona Joana, António Serrano disse mesmo que "esta empresa é uma motivação e um orgulho para todos nós", pelo facto da sociedade agrícola ter no seu plano de negócios "80 por cento da produção destinada à exportação e os restantes 20 por cento para o mercado nacional".
Segundo estas palavras, parece que uma empresa sediada em Elvas é exemplo para todo o mercado português. Quem diria... De sermos esquecidos a passar para exemplo e orgulho nacional...
O ministro garantiu que o Governo vai apostar na internacionalização do setor agrícola e agroindustrial, e para isso está a "trabalhar na criação de um programa de apoio". O objectivo é "ajudar o agricultor não só a produzir para vender internamente, mas ajudá-lo a internacionalizar-se para que os nossos produtos cheguem às cadeias internacionais".
Nesta afirmação concordo com o ministro, devemos internacionalizar o nosso setor agroindustrial, não pelo facto de podermos alargar o nosso mercado, mas sim para podermos simplesmente vender! Sim, porque o mais normal é vermos nos mercados diários ou nos hipermercados fruta oriunda de todo o mundo menos de Portugal, para não falar do nosso Alentejo!
A Herdade Dona Joana - Sociedade Agrícola, Lda terá a possibilidade de aumentar a exploração em 37 hectares de área regada e produzir ameixas, pêssegos, nectarinas e alperces. A fruta fresca será exportada para a Europa do Norte, América do Sul e sudoeste Asiático, e com este investimento serão criados 56 postos de trabalho permanentes e 127 sazonais, num total de 672 que estão previstos na globalidade do projecto, estando previsto o pleno de produção para 2013.
Atanásio Naranjo, gerente da Herdade Dona Joana, mostrou a sua satisfação pelo apoio e reconhecimento do seu projecto de 21 milhões de euros, por parte do Governo português. Também se congratulou pelo apoio dado a mais 12 projectos de jovens empreendedores. Segundo o empresário espanhol, os projectos devem ser autónomos tendo por base o investimento privado, mas havendo apoios por parte do Estado para a sua dinamização, será mais fácil e faz-se justiça. Em falta está a construção da Central Hortofruticola, revelando que as obras deverão arrancar para o próximo Outono/Inverno.
(fonte site Rádio Elvas e Jornal de Notícias, foto Rádio Elvas)
Parece que finalmente há boas notícias em Elvas. A Herdade Dona Joana tornou-se um exemplo para o Governo, tendo entregue um apoio de 2,5 milhões de euros para a dinamização da empresa, mas há mais...
O Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central, o PIDDAC, para este ano o distrito de Portalegre foi contemplado com 2,7 milhões de euros. Destes, 2,3 milhões serão atribuídos a Elvas para a construção do estabelecimento prisional de Vila Fernando, e para as infra-estruturas da Plataforma Logística no Caia.
Fico contente por Elvas ser vista em Lisboa com olhos que parecem vislumbrar desenvolvimento, mas um apoio de 0,3 milhões para o resto do distrito no mínimo parece-me ridículo. Por situações destas é que ninguém acredita num futuro risonho, muito menos na classe política nacional, agravando-se o descrédito para este esquecido lado de Portugal. Que o digam os concelhos de Arronches, Campor Maior, Crato, Fronteira, Marvão, Ponte de Sor e Sousel, que em 2010 não irão receber um cêntimo.
Não fosse termos a sorte de um consórcio italo-espanhol decidir implantar-se em Elvas com perspectivas de futuro, de Espanha também querer a linha de TGV para ligar Madrid a Lisboa passando por Badajoz, e teríamos a mesma sorte.
Scottish
Uma Paixão, uma opinião pessoal
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