Os Governos de Portugal e Espanha acordaram na passada 3ª feira, a criação de dois grupos de trabalho para fazer um ponto de situação dos projectos das linhas de alta velocidade ferroviária (TGV) Lisboa-Madrid e Porto-Vigo.
O anúncio foi feito, em Lisboa, numa conferência de imprensa que se seguiu a uma reunião entre o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, e o seu homólogo espanhol, José Blanco López. O ministro António Mendonça disse que estes dois grupos de trabalho deverão apresentar conclusões até ao fim do primeiro trimestre do próximo ano.
No que respeita à linha Lisboa-Madrid, “foi transmitido ao ministro do Fomento a importância de criar um grupo de trabalho que fizesse o ponto de situação do projecto, especialmente em relação ao transporte de mercadorias entre Sines e Madrid”, afirmou António Mendonça.
O outro grupo de trabalho anunciado ficará responsável por fazer “o ponto de situação”, bem como “o levantamento de todas as questões que se colocam” na linha Porto-Vigo.
As responsabilidades deste grupo de trabalho incluirão o estudo da possibilidade da linha Porto-Vigo – definida como uma linha mista (passageiros e mercadorias) – passar a servir apenas passageiros, mantendo-se a actual linha para o transporte de mercadorias, detalhou o ministro espanhol.
José Blanco López disse que a linha Porto-Vigo não estará concluída antes de 2015, dois anos depois do previsto.
Em relação à linha Lisboa-Madrid, com abertura ao tráfego prevista para 2013, os governantes dos dois países afirmaram que não foram discutidas datas. No entanto José Blanco López disse que no “primeiro semestre de 2010″ será assinado o acordo para a construção da Estação Internacional de TGV, que ficará localizada na zona fronteiriça do Caia, e que está em estudo a possibilidade de estabelecer acordos entre as espanholas Adif e Renfe e as homólogas portuguesas Refer e CP–Comboios de Portugal.
Durante o encontro foi também acordada a criação de uma plataforma empresarial para “estudar e avaliar a melhor maneira de fazer um reforço da relação institucional entre Portugal e Espanha”. Esta plataforma será composta por representantes das empresas portuguesas e espanholas ligadas ao sector das obras públicas, avançou o ministro António Mendonça.
(fonte Lusa/Tudoben.com)
Boas notícias! Começa a haver definição, a vermos luz ao fundo do túnel, pois surgem algumas datas limites para várias fases do projecto que poderá desenvolver economicamente a nossa cidade. Durante o ano de 2013 já teremos o TGV a rodar.
Mas continua a haver entraves no terreno empresarial, e por motivos políticos como não poderia deixar de ser. A adjudicação das obras de construção dos dois troços (Lisboa-Poceirão / Poceirão-Caia) foi parada pelo Governo até depois das eleições. Com a maioria relativa dos Socialistas, cabe agora negociar acordos com outros partidos da bancada parlamentar, situação que se prevê de grande dificuldade para o Primeiro-Ministro.
No que toca ao maior troço (Poceirão-Caia de 176 kms) o favorito para a obra é o Consórcio Elos, liderado pelos grupos Brisa e Soares da Costa, com a participação de Iridium. No entanto espera-se que a empresa Altavia recorra do processo de adjudicação.
O troço Lisboa-Poceirão, que inclui a terceira ponte sobre o Tejo, é o de maior complexidade. O grande favorito para a sua construção é a empresa espanhola FCC, mas haverá tentativas de consórcios portugueses tentarem ficar com a obra.
Haverá novamente atrasos do lado português pelo jogo de interesses políticos e empresariais na construção dos troços que ligam Lisboa ao Caia? Espero que não, mas o nosso país é ultimamente pródigo neste tipo de problemas, o que me deixa com o pé atrás apesar dos acordos entre os dois governos.
Scottish
Uma Paixão, uma opinião pessoal
Sem comentários:
Enviar um comentário