segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Faltam três semanas para o Natal

Sei que tenho estado ausente da vida do blogue, mas creio que todos entendem que o tempo com a chegada do meu filho, se tornou mais complicado de gerir. Alguns amigos me perguntaram se o Três Paixões tinha fechado portas, e a resposta foi um claro Não.
Ainda ontem em conversa com o amigo Beto Castanho no jogo d'"O Elvas" lhe disse que estava cheio de vontade de regressar aos posts e de voltar a dar dinâmica ao Três Paixões.

Dito isto aqui estou e cheio de energia. O post de hoje volta a tocar no comércio tradicional em época de Natal, pois faltam cerca de três semanas para chegarmos à noite da Consoada e muito por fazer em Elvas. Reconheço que tenho insistido neste assunto em vários posts, mas penso ser de vital importância para a revitalização do nosso centro.

A Câmara voltou a iluminar as principais ruas do Centro Histórico, por sinal uma bela iluminação que na próxima semana pretendo mostrar aos leitores do TP, ao contrário do que sucede em várias cidades do nosso país. Não vamos mais longe, Campo Maior não tem qualquer ornamentação natalícia, numa decisão da autarquia que visa uma clara contenção de custos. Rondão Almeida manteve a decisão do concurso para iluminar o Centro Histórico, pois não podia anulá-la, mas mesmo assim não acredito que o Centro Histórico ficasse sem qualquer embelezamento natalício. Apesar da crise instaurada no nosso país e que obriga a muitos cortes, a iluminação de Natal serve para atrair pessoas às zonas históricas das cidades. Apesar de concordar com a redução em gastos como a iluminação de Natal, penso que mesmo mais "pobre" se deve colocar algum embelezamento nas ruas dos Centros Históricos.

Com a bela iluminação que temos, os comerciantes não se podem queixar que a Câmara lhes privou de visitantes nas principais ruas comerciais de Elvas. No entanto penso que este vai ser um "mau" Natal a nível comercial na zona intra-muros. A falta de hábito de ir "à cidade" para realizar as compras vai-se acentuando cada vez mais. Badajoz passou já há algum tempo a ser o principal destino para as compras dos elvenses, e os hiper-mercados estão "à pinha", sinal que a crise existe mas não tanto como parece. Então que fazer para conseguir o regresso dos elvenses ao Centro Histórico? Será que a Câmara também se tem de responsabilizar por isto ou terão de ser os comerciantes, ou alguma associação em sua representação, a fazer alguma coisa para incentivar os elvenses a preferirem o Centro Histórico?

Na minha opinião será uma mistura das duas opções. A autarquia e comerciantes devem juntar-se e elaborar um plano de trabalho que vise desenvolver o comércio tradicional elvense. A edilidade como elemento que promova eventos na tentativa de levar os elvenses a visitar com maior assiduidade a zona intra-muros. Pede-se que sejam eventos com qualidade para chamarem a atenção, e para isso penso que poderiam participar as sociedades e associações culturais instaladas na nossa cidade. A Câmara juntando-se por exemplo à SIR, ou à Sociedade 1º de Dezembro iria ter uma visão diferente de actos culturais a desenvolver no Centro Histórico.

Já há algum tempo que tenho dito ser importante criar um Centro Comercial aberto no Centro Histórico, pois acredito que seria a fórmula para desenvolver uma marca própria do nosso comércio. Criar esse Centro faria com que os comerciantes estivessem juntos nesta luta, que promovessem os seus estabelecimentos, e pudessem avançar nas ideias de incentivo aos elvenses para voltar a comprar de forma tradicional. Também seria necessário que os comerciantes apostassem um pouco na inovação tanto dos produtos comercializados como das suas próprias lojas. Um mudança de visual seria um bom chamariz para os clientes. É verdade que com a crise as possibilidades de investimento reduziram bastante, mas ou há apostas ou então a morte lenta do comércio tradicional passa a definitiva.

Estas são as minhas opiniões sobre o problema do comércio no Centro Histórico, registando as linhas de orientação que penso poderem ser efectivas para conseguir o objectivo comum a todos.

Scottish
Uma Paixão, uma opinião pessoal