sábado, 27 de março de 2010

Tempo de Magia (#12)

Se uma equipa tem um poste determinante, o caminho para o sucesso será de certo mais curto. Foi isso que aconteceu com os New York Knicks quando adquiriu os serviços de Patrick Ewing, um jamaicano nacionalizado estadounidense que provinha da Universidade de Georgetown, considerada a melhor escola de postes dos EUA.

Rapidamente conseguiu chamar a atenção na NBA, tendo sido eleito Rookie (novato) do ano 1986, depois de conquistar em 1984 a medalha de ouro com os EUA nos Jogos Olimpicos de Los Angeles frente à Espanha.
Pat Ewing voltou a colocar os Knicks na ribalta da melhor liga profissional do mundo, um clube que conquistou o anel apenas por duas vezes nos longinquos anos de 1970 e 1973.
Nos primeiros dois anos de profissional, Ewing não conseguiu que a equipa estivesse à sua altura, e só com a chegada de Mark Jackson em 1987 conquistou o apuramento para os playoffs, caindo nas meias-finais da Conferência Este com os Boston Celtics.
Nas rondas a eliminar Pat Ewing teve pela frente o osso mais complicado de roer na sua carreira, os Chicago Bulls de Michael Jordan. Foi derrotado pela equipa da cidade do vento por quatro vezes até conseguir a vitória em 1993-1994, mas já sem Jordan nos Bulls... A seguir venceram os Indiana Pacers para defrontar na Final os Houston Rockets. Lideraram a série por 3-2, e no sexto jogo John Starks teve o ultimo lançamento para conquistar o anel, mas foi bloqueado por um senhor chamado Hakeem Olajuwon. Os Rockets venceram e a decisão passou para o séptimo jogo, mas na derradeira partida os Knicks foram derrotados por 97-95, muito por culpa de um desastroso John Starks que apenas marcou 2 lançamentos de 18 tentados.

Tiveram de passar 5 épocas para que voltassem a disputar as Finals, novamente com uma equipa do Texas, desta feita os San Antonio Spurs de David Robinson e Tim Duncan. O mais surpreendente da trajectória dos Knicks de Ewing nesta época, foi que pela primeira vez uma equipa que se classifica para os playoffs na oitava posição chega à final da NBA.
No entanto os Spurs necessitaram apenas de cinco jogos para conquistarem o anel, muito por culpa das lesões que assolaram os Knicks, entre elas a de Pat Ewing. No ano seguinte os Pacers derrotaram a equipa da Big Apple na final da Conferência Este e assim se fechou o ciclo de Ewing em Nova Iorque. Seattle foi o seu destino mas sem qualquer sucesso, e em 2001-2002 voltou à costa leste dos EUA para pendurar as botas nos Orlando Magic, continuando ligado actualmente ao clube como assistant-coach.

Jogou ao mais alto nível durante 17 épocas, 15 das quais nos New York Knicks, onde apesar de não ter sido campeão, consideram-no o jogador mais importante da melhor fase da história do clube. O número 33 foi retirado pelos Knicks em sua homenagem, foi eleito um dos 50 melhores jogadores da história da NBA, e integrou o Dream Team, a melhor equipa da história, para vencer a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona.
As suas estatisticas são invejáveis com médias de 21 pontos e 9,8 ressaltos por jogo.

Fica aqui um pequeno tributo a Patrick Ewing, o jogador que mudou o rumo dos New York Knicks.



Scottish
Uma Paixão, um Tempo de Magia

1 comentário:

Undertaker disse...

mais um grande jogador que ficou sem ser campeão. Os Knicks sempre foram uma daquelas equipas a quem falta algo.

Salvou-se o Pat Ewing que por trás daquele aspecto quase primitivo era um licenciado em...Belas Artes