quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Assim não dá!

O trágico "erro técnico" do Orçamento Municipal é o tema da semana, e está a ser amplamente debatido, tanto na blogosfera como nos meios de comunicação sociais locais, regionais e nacionais. É triste que Elvas volte às bocas de todo o Mundo pelas más notícias e não por algo que tenha proveito para a nossa cidade.

São vários os pontos de vista sobre este assunto, em especial na busca do responsável por tamanho erro, que levará 160 funcionários da autarquia a estar entre a espada e a parede pela ginástica orçamental em casa que durará algo mais de um ano.

A blogosfera elvense tem sido o veículo de ataque de ambos lados da barricada política nos últimos dias. Uns a tentar derrubar o poder por todos os meios, outros a tentar acusar a oposição de usar este problema para aumentar a sua confiança no eleitorado elvense.

Na minha opinião se as críticas revelassem alguma intenção de tentar ajudar a resolver o problema dos únicos que não têm a culpa dos que se está a passar, ou seja os funcionários, até aceitaria este fogo cruzado. Mas o que se está a acontecer é verdadeiramente a guerra. Uns atacam Rondão Almeida, outros atacam a oposição, todos espalhando a pólvora através da escrita, ou seja o mal-dizer, para arremeter contra o alvo desejado.
Se em muitas vezes entendo e aceito as críticas, tanto do executivo como da oposição e seu apoiantes pelo que é feito ou não, ou pelas promessas sem sentido que não chegam a ser realidades, já que deve haver diferenças para haver debate político que deveria conduzir a uma melhoria do burgo, não posso aceitar que o dinheiro de 160 funcionários seja o pretexto para conseguir politicamente seja o que for.

Tudo isto é triste, pois por muito que algumas supostas mentes brilhantes que andam no nosso burgo digam mal, com ou sem razão, dos funcionários da autarquia, estes são os verdadeiros prejudicados do tal "erro técnico". É por eles que se devem encontrar soluções que evitem a devolução do aumento salarial que legalmente têm direito, e não andar nesta guerra que a nada conduz.

Sobre o problema real as únicas formas de interpretar o sucedido são que o erro ou é político ou é efectivamente técnico. Se é político então o principal responsável é o Presidente da Câmara como chefe do executivo, mesmo não tendo sido o verdadeiro culpado. A falha é muito grave, e se houve esquecimento em registar a verba na alínea correcta do Orçamento, no mínimo pede-se que os trabalhadores obtenham um pedido de desculpas público e que se trate por todos os meios de conseguir com que os trabalhadores não tenham de devolver o aumento salarial.
De ser político também penso que temos de responsabilizar os deputados municipais de todos os partidos, que simplesmente levantaram a mão para aprovar algo que estou em crer nem sequer foi lido pela maioria. Estas pessoas devem ter sempre em mente que são a voz do povo, que os elvenses colocaram os seus destinos nas suas mãos, e que qualquer decisão da assembleia municipal pode ter grandes repercussões.

Se for técnico então há que encontrar o culpado e haver coragem em castigar quem está a prejudicar 160 trabalhadores, por muito que custe essa decisão, e continuar a mover montanhas para resolver esta situação com as instâncias governamentais.

Este assunto é claramente a maior mancha na liderança municipal de Rondão Almeida. Tenho dito que as pessoas têm a memória curta, e que no futuro só se vão lembrar do actual Presidente da Câmara pelo trabalho desenvolvido neste derradeiro mandato. Para trás já ficaram as Piscinas Municipais, o Estádio de Atletismo, a Circular à Cidade, o Coliseu, as rotundas, a recuperação do Jardim Municipal e tantas outras obras feitas por Rondão Almeida. São obras que já existem e que na sua maioria mereceram a aprovação dos elvenses, mas com o actual estado de crise profunda em que os portugueses vivemos, o problema da devolução dos aumentos é muito grave e a confiança dos elvenses no actual executivo vai sem dúvida descer.

Mas se está a descer não quer dizer que a oposição esteja a subir. É preocupante que algumas pessoas possam querer aproveitar o problema de 160 trabalhadores para tentar ganhar pontos na corrida às próximas eleições municipais. E isto está a notar-se de uma forma muito clara, como podemos ver pelo sucedido ontem entre Rondão Almeida e Francisco Vieira. O Presidente propôs que juntos pudessem reunir-se com o Secretário de Estado, tentando sensibilizar o poder central, e defender que as câmaras possam fazer as revisões orçamentais que entenderem. Segundo Rondão Almeida "o diálogo com o STAL não está a ser conseguido". Não me surpreende que assim seja.

Pela decisão após plenário do STAL tomada por um funcionário da Câmara, em que "visto não haver possibilidades de diálogo com o sindicato, que sejam os trabalhadores a reunir com o representante do Governo", temos de pensar que realmente é o sindicato quem não está a querer ser parte da solução. É muito mau que assim seja, pois os sindicatos estão para ajudar os trabalhadores em primeiro lugar, e não ter como único objectivo o ataque total à autarquia com fins políticos.

Neste momento os 160 funcionários apenas pretendem que o executivo camarário, ou o STAL, ou ambos, os ajudem a resolver este problema e que não tenham de devolver dinheiro ao qual têm direito.

FAÇAM-NO POIS ASSIM NÃO DÁ!!!

Scottish
Uma Paixão, uma opinião pessoal

4 comentários:

Anónimo disse...

os funcionários da Câmara, como a tua irmã que lá foi meteida pelos socialistas, são uma quantia de incompetentes que levam horas no cafezinho e a dizer mal uns dos outros. Não têm respeito por ninguém e acham que por terem um emprego do estado toda a gente lhes deve prestar vassalagem.
Abaixo esses funcionários públicos que chupam os nossos impostos e andam na fumaça o dia inteiro.
Devolvam o dinheiro que não lhes pertence e ponto final!

Notícias curiosas de Elvas disse...

Já voltei a colocar o seu link na minha lista de blogs.

Não garanto é que continue por muito mais tempo, pois a blogosfera desvia-me a atenção de coisas muito mais importantes.

Que tenha um excelente regresso!

Anónimo disse...

Queres saber porque foi um erro técnico, se ainda tens dúvidas?

Então toma a explicação:

O erro foi de um STALinista que andou três anos mais ocupado a fazer campanha eleitoral e radical, quando devia estar com a cabeça concentrada em fazer o trabalho bem feito.

Ninguém lho aponta porque há muitpos cobardes com medo dos PSD´s que se aliaram aos STALinistas.

Toda a malta sabe que as reuniões dos STALinistas nos gabinetes de trabalho, com Gili, com a cobra do Gili, com o Pepito eram diárias. Para falar de quê?

Falar mal do patrão? Nem pensar... até fizeram campanha contra ele?

De serviço não seria? O que tem a ver a secção de pessoal com a fiscalização ou com o urbanismo? Nada!

Percebemos todos porque o STALinista não conseguia abrir os concursos mais cedo e mais depressa, e porque tem culpas nas cartilha do dinheiro que os funcionários agora têm que devolver.

Também percebo porque fala e se tenta limpar em todas as reuniões e plenários sindicais. Mas as sua palavrinhas já não convencem ninguém.

Scottish disse...

Publiquei o comentário do Sr. Anónimo das 16h42 apenas para dar uma resposta que me parece pertinente. Não é à toa que decidi moderar os comentários e apenas publicar aqueles que realmente são interessantes, que independentemente dos vários pontos de vista e facções políticas, tenham uma crítica bem elaborada e fundamentada.

Este comentário é no mínimo despropositado, pois creio ter sido suficientemente divulgado por todas as partes que os 160 funcionários têm direito ao aumento. Se diz que levam horas no cafezito ou no cigarrito, é porque você está a todo o momento a observá-los, podendo qualquer pessoa concluir que também não faz nada. Pelo que diz parece que ninguém trabalha na Câmara e que não deveriam lá estar, não "chupando" os nossos impostos. Só posso concluir pelas suas palavras que já teve algum desentendimento com funcionários da CME e agora todos "levam por tabela". Em todas as empresas ou instituições públicas podemos apontar o dedo a elementos que se ausentam bastante tempo do posto do trabalho, mas generalizar é um despropósito rotundo.

Faça-se um favor. Repense o que quer da vida, pois apenas falar mal dos outros é uma atitude indigna e que não leva a nada.
Cumprimentos